terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Abafo

Como nos fundos mais fundos
É naquele que encontro meu repouso
Cheio de brilhos, simples mundos
Desinteresse tão profundo

É como se nada desse mundo
Pudesse tocar sua alma
Pudesse abalar sua calma
Pudesse te fazer chorar

E sei que também choras
Mas por trás das lentes escuras
Dos reflexos de Sol
Onde ninguém te veja, e você seja
Somente sua, alma individual

Falo com as nuvens
Pois não adianta falar com teus ouvidos
Que parecem estar sintonizados
Em qualquer rádio de um planeta distante
Onde existe um lugar só pra você

E é o que escrevo pelas paredes
É o que grito pelas passagens
É o que escuta nos ruídos
É o que vejo nas imagens

Felicidade estabanada
Ambígua, desesperada

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