Ah, meu bem !
não vem, que não tem
pássaro na mão.
Queira, quem amas, solto.
Ame,bem.
deixe ir além,
escapar a sua razão.
Eu, também, quero outro,
além do seu, coração.
Quero engulir o mundo inteiro,
desde que engula você.
Eu posso até mudar de espelho,
mas, meus olhos vão te ver.
Ah, meu bem.
Vem, porque, tenho solidão.
vem e pinta minha roupa.
Sinta, sem me prender na sua mão.
Voe no céu da minha boca
e deita no chão.
terça-feira, 23 de março de 2010
Equinócio
A lua não brilhava mais
O brilho no céu vinha
Dos raios artificiais
De repente ouvi um grito
O canto louco e suave
Do farfalhar do teu vestido
Com aquela presença ao meu lado
Alguns centímetros subi no ar
Achei que estava tudo acabado
A leveza do teu pesar
Iluminou meu rosto
Me fez, de novo, sonhar
E de repente, não mais que de repente
Vejo de novo o insistente piscar
E sinto o peso em mim novamente
E ouço o preto do seu vestido se afastar
A lua não brilhava mais
O brilho no céu vinha
Dos raios artificias
O vinho volta à boca
O cigarro volta a queimar
O brilho no céu vinha
Dos raios artificiais
De repente ouvi um grito
O canto louco e suave
Do farfalhar do teu vestido
Com aquela presença ao meu lado
Alguns centímetros subi no ar
Achei que estava tudo acabado
A leveza do teu pesar
Iluminou meu rosto
Me fez, de novo, sonhar
E de repente, não mais que de repente
Vejo de novo o insistente piscar
E sinto o peso em mim novamente
E ouço o preto do seu vestido se afastar
A lua não brilhava mais
O brilho no céu vinha
Dos raios artificias
O vinho volta à boca
O cigarro volta a queimar
Libertinagem
Assentei-me no banco,
fumei um livro,
li uns cigarros.
Laventei-me, branco,
levei raiva comigo,
xinguei os carros.
Gritei-me, tanto...
cocei a cara e o umbigo.
Cuspi risos e catarros.
Mandei todos irem a merda.
Foi quando percebi que já estavam nela.
Acendi-me uma vela,
orei, olhei
e pulei da janela.
fumei um livro,
li uns cigarros.
Laventei-me, branco,
levei raiva comigo,
xinguei os carros.
Gritei-me, tanto...
cocei a cara e o umbigo.
Cuspi risos e catarros.
Mandei todos irem a merda.
Foi quando percebi que já estavam nela.
Acendi-me uma vela,
orei, olhei
e pulei da janela.
segunda-feira, 15 de março de 2010
Alto-Retrátil
Há um grande fato
em ser um feto.
Nada no mundo te afeta.
És, na verdade, feliz de fato.
Vai, aos poucos, perdendo a fotofobia,
sainda de onde, talvez, não queria,
de onde não tens nem retrato, nem foto.
Nada te faz falta.
Faz tudo e não faz nada.
De repente, sente o frio,
vê uma fresta branca...
aos poucos,
do chão se levanta.
Aprende a usar a garganta.
Fala, grita, canta !
Chora, suplica, canta.
E, por fim, acaba
sozinho, no seu canto.
No seu pranto.
em ser um feto.
Nada no mundo te afeta.
És, na verdade, feliz de fato.
Vai, aos poucos, perdendo a fotofobia,
sainda de onde, talvez, não queria,
de onde não tens nem retrato, nem foto.
Nada te faz falta.
Faz tudo e não faz nada.
De repente, sente o frio,
vê uma fresta branca...
aos poucos,
do chão se levanta.
Aprende a usar a garganta.
Fala, grita, canta !
Chora, suplica, canta.
E, por fim, acaba
sozinho, no seu canto.
No seu pranto.
Sinal de Sequela
A água já não satisfaz a sede,
já não há árvore pra estender rede.
O pólem, a pele, a planta
deitada, esticada, na manta.
O pé, do chão se levanta,
é levado, elevado. Alavanca
a mente sã. Tá
tudo uma bosta.
De repente, agente gosta.
O mundo, que vira as costas,
abre, agora, suas portas.
A luz bate, soca, na sua cara,
cara-a-cara com a mente.
Frente aquela que: não falha,
tarda, mas, não mente.
já não há árvore pra estender rede.
O pólem, a pele, a planta
deitada, esticada, na manta.
O pé, do chão se levanta,
é levado, elevado. Alavanca
a mente sã. Tá
tudo uma bosta.
De repente, agente gosta.
O mundo, que vira as costas,
abre, agora, suas portas.
A luz bate, soca, na sua cara,
cara-a-cara com a mente.
Frente aquela que: não falha,
tarda, mas, não mente.
terça-feira, 9 de março de 2010
Olho do Olho
A luz que adentra a caverna
bate na porta da mente que hiberna,
e diante de toda a realidade interna
faz o olho ver sem luz.
A terra que passa por baixo das minhas pernas,
pisada por tantas vidas eternas,
põe no eixo os sóis e planetas,
as luas e cometas, onde meus pés não pus.
Abro o olho do olho,
o que não mente pra gente.
Respiro boca a boca.
Deixe soar o som,
que soa e ressoa no ar.
Deixe ser amado, deixe-se amar.
bate na porta da mente que hiberna,
e diante de toda a realidade interna
faz o olho ver sem luz.
A terra que passa por baixo das minhas pernas,
pisada por tantas vidas eternas,
põe no eixo os sóis e planetas,
as luas e cometas, onde meus pés não pus.
Abro o olho do olho,
o que não mente pra gente.
Respiro boca a boca.
Deixe soar o som,
que soa e ressoa no ar.
Deixe ser amado, deixe-se amar.
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