quinta-feira, 1 de abril de 2010

Desalento

Ele já estava cansado,

Até que alguém, iluminada,

O fez pulsar.


Pensou que havia encontrado,

Mas havia desdém, ou nada,

Quis parar.


Debateu-se, fortemente, contra o peito.

Buscou, no inteligente, algum defeito,

Ou o que, de errado, havia feito.


Bebeu derrotado,

Fez-se em mil.

Acordou de lado,

Dormindo em Abril.


Fechou os olhos, para não ver,

Para não sentir.


Como se bastassem duas pálpebras

Para os mil olhos da insônia.

Como se batessem mil facas por traz.

Encheu o peito de grama e amônia,


Para esquecer.

Para perder memória.

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