quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Relógio de Sol

O amanhã é um dia banal
É o hoje brincando de esconde-esconde no quintal
Correndo pra longe
Fingindo ter uma surpresa, novidade
Alguma nova brincadeira

Ele corre e pula
Foge do nosso controle
Confunde nossa razão
Pois sempre sabemos de onde virá
Mas nunca sabemos o que esperar

Em seu sorriso matinal amarelo
Esperança pra uns
Mais um dia de espera pra outros

Estica suas preguiçosas horas
Invadindo nossa santa paciência
Pois o amanhã tem seu próprio tempo
Não compatível com o da ciência

Um dia vou pegar esse moleque pelo pé
Sentá-lo na minha frente
Vou conversar com ele até descobrir
Tudo que planejou pra mim

Mas quando chegar o novo sorriso amarelo
Que surpresa!

Maldito moleque mentiroso!

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