terça-feira, 3 de novembro de 2009

Zen

São espaços vazios
Um rio cheio de certezas passageiras
Sem uma pedra, um porto, um cais
Sem o que dizer pra explicar o que faz

Devorando de dentro pra fora
Levanto os pés inexistentes
Vou-me embora

Terra de mil maravilhas
E bocas, nenhuma
Sem palavras para perturbar a paz
Sem beijos para querer mais

Matar o amor
Torturar a saudade
E o vazio prevalece
Nirvana


Vazio.


Um tanto quanto tedioso
Foi meu delírio de grandeza
Estou melhor pequeno
E cheio de certezas

Cheio de sentimentos
Fúteis e mesquinhos
Ao menos estou vivo

Nenhum comentário:

Postar um comentário